sexta-feira, 27 de setembro de 2019

A minha Ilha - Madeira


                Madeira

Aqui onde o mar aconchega o céu
E o céu espelha a alma no mar,
Onde reina um coração verde de magia e encanto …
Aqui as montanhas ecoam sobre os vales
O palpitar duma respiração suave
Que alimentam as árvores e as flores cujo perfume
Invadem, incessantemente, o brilho do sol…
A Natureza irradia curiosidade, brilho e ansiedade,
Convida locais, transeuntes, curiosos e estrangeiros
A navegar pelas entranhas deste ser
E a contemplar, paulatinamente, as melodias
Que ecoam do chilrear dos pássaros,
Das correntes das ribeiras e das cascatas que saltam
Silenciosamente, para as levadas corredias…
Aqui nasce o sol que alimenta o verde,
A lua vaidosa que se espelha nos riachos…
No canto dos pássaros se escutam as melodias
Que enaltecem as poesias dos campos,
Que espojam sobre a terra e sobre o ar
Enaltecendo, a cada sopro, a esplêndida
Magnificência desta pérola do Atlântico.
Foi sobre a pedra e por entre as árvores
Que as calejadas mãos humanas
Se debateram, por entre os tempos,
Num aprimorar deste encanto…
Na geada da madrugada, no pôr-do-sol vespertino
E na humidade da vegetação se esconde o arco-íris…
Quem a visita e a percorre, sai sorridente e encantado,
Desde o mar até a serra, por entre o sol e a chuva
Por entre os vales e as montanhas…
É Madeira a minha terra, uma pérola encantada,
Que vive o mundo sem outra igual!

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Liberdade!

Livre não é aquele que tem toda a liberdade do mundo, mas aquele cuja liberdade lhe permite saber que toda a liberdade que tem é a suficiente para se sentir livre, pois ninguém é completamente livre enquanto houver (e sempre haverá) pensamentos e ideias que travam o seu conceito de liberdade! 

Quando me veio ao pensamento esta "ideia" transcrevi... depois reparei que, de certa maneira, é uma "quase certeza" do que acontece com a sociedade em geral... 
Temos (humanidade) o conceito de que ser livre é ter tudo, poder fazer tudo e conquistar tudo. No entanto é certo que existem limites que estão aquém da motivação de que se pretende alcançar. A perpétua confusão do "poder" e do "querer" são interpelados como motivações de "ganância". 
Eu posso agir, usar de toda a liberdade que me é facultada, seja expressão verbal, gestual, sejam atitudes ou menções que surgem... Há, no entanto, o limite que se põe e que deve ser característico da boa regulamentação humana. Há o limite que nos permite ter a liberdade desde que não ofenda, nem levante susceptibilidades ao que me rodeiam e que também são "senhores e réis" da sua liberdade! No "enlaço" do querer há que considerar todos os prós e contras duma acção que pode interferir com a ética e com a moral da sociedade que nos circunda. 
Sim, posso dizer, melhor seja dizer, podemos todos dizer que somos livres, que temos o nosso poder associado a esta liberdade, mas que, enquanto seja humanamente possível, não esta incluso nesta esfera de poder e acção/atitudes, a marginalização dos "outros" que são como nós... 
Retomando a "principio básico" deste texto, o "poder e o querer" como chave da incrédula e mirabolante ganância... Não somos seres intelectos se expusermos, de forma ridicularizada, acções que ultrapassam o consenso humano numa luta inconsequente, superiorizando-se e vangloriando-se sobre o que realmente não é... 
Apesar de tudo, temos a infelicidade de conhecer e a percepção de que muitos humanos são desumanos ao ponto de não saberem o que é a ética moral e a liberdade individual no limite duma sociedade... 
A minha, nossa, liberdade começa muitas vezes onde acaba a liberdade dos outros... 

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Primavera "pessoal"

Hoje, já estamos em Abril e o tempo esta incerto... O vento agita os ramos das árvores, alertas amarelos e laranjas, chuva moderada entre raios de sol envergonhados que espreitam por entre as nuvens... tudo isto faz-nos lembrar o velho ditado: " Em Abril, águas mil.".
Contudo também já é Primavera. Esta bela estação que, no cedo da sua aparência, nos presenciou com deslumbrantes raios de sol... No entanto ainda não vivenciamos o esplendor máximo desta tão bela estação. Somos pacientes, crentes de que não tardará a "voltar", com os quentes raios solares, trazendo alegrias aos nossos olhos, deslumbrando nossos corações com esta "felicidade primaveril".
Entre as diversidades de cores, formas, tamanhos e excepcionalmente perfumadas flores que habitam na "nossa" ilha, orgulha-mo-nos de ter uma das mais belas e completas variedades que existe no mundo. É assim que a natureza nos presenteia, com os magníficos quadros que se encontram nos Parques e Jardins.
É uma estação propícia aos enamorados que, demonstram afecto e carinho, quando passeiam de mãos dadas envolvendo-se na magia desta época.
É, também, na minha opinião pessoal, um belo momento de paz, serenidade, tranquilidade... é um desfrutar sem limite desta calma que nos inspira. É um "aprender" que, tal como nas flores, também nós somos pessoas belas na simplicidade do nosso ser. A ténue diferença que existe é a de que enquanto "flor" a sua beleza é visível e o seu perfume secreto, enquanto "ser humano" temos a nossa beleza escondida no íntimo, no profundo de nossos corações. Por isso, as flores desabrocham para expelir o seu perfume e nós temos que nos abrir aos outros, deixar que fale a voz do coração para que esta nossa beleza brilhe, com tanto ou mais esplendor que as flores.
Vamos fazer deste "exuberante florescer" uma acção comprometida em divulgar a complexa beleza que existe na sua singela simplicidade.
Deixemos que o nosso jardim esteja também disponível aos que nos querem contemplar.
A flor é uma Vida colorida. A Vida é a cor da nossa Flor.

Primavera, por onde andas
que nos privas do teu esplendor?
Boceja-nos com o teu perfume,
enche-nos de Vida e Amor.

Dos belos quadros que pintas,
artista de grande renome que és.
Deixa que nesses teus belos quadros
passeiem suaves nossos pés.

Sem estragar e sem "matar"
o teu trabalho aprimorado,
que pela estrada da Vida,
Caminhemos lado a lado.

quinta-feira, 20 de março de 2014

1 Sonho 1ª Atitude

     Nestes primórdios sentimentos que se repetem na continua caminhada da Vida, surgem, aos poucos, meros acasos que baralham, no bom sentido, a ideia primeira do sentimento.
     Ser tão "vago" ou tão "profundo" requer a capacidade de percepção do conjunto de situações que nos fazem reflectir à medida que avançamos e aprofundamos o "sentimento".
      A realidade é que, todas as acções, sentimentos e percepções que nos invadem a toda a hora, vêm em consonância com o objectivo do "sonho ambicionado", transformando-se em atitudes resplandecentes que ecoam do nosso pensamento. Agilizam a transfigurada  resposta na acção requerida. Quando se caminha num sentido único, envolto nestas peripécias sentimentais, corremos o risco de ignorar outros actos que, tanta ou mais riqueza, dariam à nossa personalidade um reforço de atitude na mesma ambição, agora elevado a um patamar superior, mais seguro, mais confiante e com uma facilidade acrescentada na concretização do chamado " Sonho Pessoal".
     Não podemos deixar de notar nos acontecimentos mais simples e honestos, nas palavras inocentes que advêm do circulo em que estamos inseridos. Deste meio sobressaem algumas das insignificantes, mas muito valiosas acções, que cimentam as atitudes levadas a cabo pela nossa iniciativa. Um "Sonho Idealizado" complementa-se com a capacidade de acção e pela sabedoria colocada à disposição deste. Um atitude sábia torna-se numa dificuldade diminuta quando é feita com dedicação corporal e sentimental. A partilha e exposição de todos os sonhos (ou somente os que queremos divulgar) serão "saciados" de forma mais equilibrada e/ou espontânea. Quando se fala em "Sonho" é necessário entender que as mudanças podem ou não requerer transformação, no entanto toda a transformação necessita de mudança.
     Para "idealizar um sonho" não precisamos, essencialmente, de nos transformarmos... por vezes basta que deixemos fluir o que de mais belo existe dentro de nós.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Esperança ou Ilusão?

Expectativas...
Que sentimento é este que se apresenta muitas vezes de forma infundada?
Para quê criar estes tipo de sentimentos se são os mesmo que nos tornam desmotivados? Acreditamos no pouco que daqui advém... criamos magias, idealizamos factos, somos corrompidos de esperanças incertas. Somos uma luta constante, neste turbilhão de dúvidas.
Transformamos demagogias que nos alegram, mas que são uma "proibição" no que respeita aos valores simples dos acontecimentos... forçamos o que deveria ser tão natural na sua simples essência. Corrompemos o rumo das coisas em prol de um "benefício maior", enquanto destruímos a sua magia, as acções na sua singela simplicidade.
Ofusca-mo-nos com a ambição de ir mais além, de ter mais, derrubando os nossos próprios valores enquanto ser. Todas as acções são medidas de forma mais ou menos profunda pelo nosso subconsciente, que trabalha em segredo toda a informação para lá enviada. O que nos chega após é "culpa", ou seja, fruto do que idealizamos na imensidão de acções, das palavras e dos sonhos transformados.
Ser idealista de um projecto, não pode nem deve ter qualquer acção que corrompa o seu real significado, ainda que nos iluda o seguimento que isso transforma. Somos "moldados" nas expectativas de Vida, no rumo das nossas escolhas, na passagem do quotidiano, nas incertezas que nos desanimam, na esperança de... moldamos a próprias expectativas...
Acreditar, querer, vencer, ultrapassar, conseguir, agir, ser capaz de..., tantos outros "sinónimos" surgem quando idealizamos o futuro de nossas Vidas. Agimos na incerteza. Desta incerteza surgem vocabulários que mais vale não serem pronunciados.
Molda-te, com ousadia, mas não forces o "estranho" que te circunda.
Age para não desistires, nem desistas da acção.
A liberdade pede-te para avançares, não com expectativas, mas sim com certezas de que valerá a pena.
O sonho é uma realidade quando a acção é consciente.

Res Non Wɛrba! (Actos, não palavras!)


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quarta-feira, 15 de maio de 2013

Um Olhar, Uma Palavra...

Aqui no enlaço de uma circunstância debruço-me a escrever...
Soltam-se palavras d' entre todos os sentimentos, vontades, ensejos e desejos, loucuras... Soltam-se por entre olhares discretos, silêncios rasgando a sintonia que afoga o coração. No longínquo limite do horizonte escuto vozes que me perdem a razão. A calma e fresca brisa que me seca os lábios, fá-los ficarem colados e perplexos, não deixam sair as palavras que tanta necessidade me fazem a serem proferidas. Neste silêncio me perco e apenas revelo as mensagens que se libertam na luz do meu olhar. Intrigo-me por estar inanimado deste gesto, por não saber responder a pergunta que me afoga constantemente: "Quem será capaz de escutar no meu silêncio, as palavras que soletro numa vaga de olhares discretos?"
Como poderei divulgar ao mundo a força de tais palavras que se prendem na dúvida, na incerteza do  verdadeiro significado?
Saber que na discrição destes lábios soltam-se "gemidos" das palavras que levam os meus olhos para longe, ergue-se, cada vez mais, a vontade de gritar, de demonstrar e de revelar os segredos destes sentimentos que nos privam de proferir a brados céus a magia de poder senti-los, e de um dia, talvez, expressa-los de forma clara e sentida para que não divague o verdadeiro brilho dum olhar de outrora...
Pairam nos meus olhos esta mensagem secreta. Sonho, regozijo com a ténue esperança de que, em qualquer lugar na imensidão do mundo, seja a magia, o resplandecente brilho do teu olhar capaz de decifrar a mensagem que transmito neste gesto acanhado, tímido e eloquente que faz transbordar a faísca que nasceu neste coração...
Para escutar é preciso saber ler, interpretar e reconhecer a "gestualidade" que acompanha cada uma das palavras proferidas.
São tão ou mais importantes as palavras que se endereçam como os olhares que a complementam. Deixar que o brilho dos teus olhos se guiem pela suavidade dos teus lábios na tonalidade das palavras que proferes, é deixar que no silêncio se expressem os sentimentos que muitas vezes ficam guardados, resguardados acanhados com receio de uma ilusão....
Ser feliz é escutar no som do silêncio, na luz dum olhar e no suave toque das mãos as palavras que espalham alegria no coração!

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Depois d'um tempo...

Hoje, um novo dia, uma nova perspectiva...
Hoje novos sonhos cercam o nosso modelo de Vida,
Somos imperfeitos mas felizes, e é essa felicidade que carregamos no caminho que seguimos. A nossa "imperfeição" é, deveras, o encanto de alguém que consegue ver nas Imperfeições o que de mais belo existe no ser humano... O porquê de chamar "imperfeito", o que te faz falta para que sejas "perfeito" são interrogações que cabe a cada um fazer, mas até que ponto somos "imperfeitos"? Ou mesmo "perfeitos"?
Digo eu, que estas interrogações são mera especulação... tudo se resume a uma acção. Pois são as atitudes que revestem a nossa personalidade e que a transmitem ao mundo "exterior", aos amigos, conhecidos, à sociedade...
É preciso tempo para que se entenda, para que se perceba como somos fundidos nesse meio em que milhares de diferentes "transeuntes" vagueiam no seu propósito ideal, acomodado, deixado, forçado, na expectativa ou na desilusão... São tempos que surgem e que mudam, que moldam as tuas atitudes, que te fazem perceber o que te falta, ou que te "sobra" para que te sintas integrado.
Nos dias que se seguem, em "afogamentos" de dúvidas e incertezas, somos, cada vez mais, "atropelados" pelo "vulgo" poderio maior... Não, nós não somos inferiores. Somos tão grandes ou até maiores que alguns seres que vagueiam por esse Mundo... Somos "GRANDES" na "HUMILDADE". Somos Seres, não meros objectos...
Não perca tempo com o que não interessa, interessa-te pelo tempo que podes perder e que não voltarás a recuperar. Sê-de sábios para que, não se sentido excluídos, integrei-vos no propósito que vos impulsiona a Vida!