quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Liberdade!

Livre não é aquele que tem toda a liberdade do mundo, mas aquele cuja liberdade lhe permite saber que toda a liberdade que tem é a suficiente para se sentir livre, pois ninguém é completamente livre enquanto houver (e sempre haverá) pensamentos e ideias que travam o seu conceito de liberdade! 

Quando me veio ao pensamento esta "ideia" transcrevi... depois reparei que, de certa maneira, é uma "quase certeza" do que acontece com a sociedade em geral... 
Temos (humanidade) o conceito de que ser livre é ter tudo, poder fazer tudo e conquistar tudo. No entanto é certo que existem limites que estão aquém da motivação de que se pretende alcançar. A perpétua confusão do "poder" e do "querer" são interpelados como motivações de "ganância". 
Eu posso agir, usar de toda a liberdade que me é facultada, seja expressão verbal, gestual, sejam atitudes ou menções que surgem... Há, no entanto, o limite que se põe e que deve ser característico da boa regulamentação humana. Há o limite que nos permite ter a liberdade desde que não ofenda, nem levante susceptibilidades ao que me rodeiam e que também são "senhores e réis" da sua liberdade! No "enlaço" do querer há que considerar todos os prós e contras duma acção que pode interferir com a ética e com a moral da sociedade que nos circunda. 
Sim, posso dizer, melhor seja dizer, podemos todos dizer que somos livres, que temos o nosso poder associado a esta liberdade, mas que, enquanto seja humanamente possível, não esta incluso nesta esfera de poder e acção/atitudes, a marginalização dos "outros" que são como nós... 
Retomando a "principio básico" deste texto, o "poder e o querer" como chave da incrédula e mirabolante ganância... Não somos seres intelectos se expusermos, de forma ridicularizada, acções que ultrapassam o consenso humano numa luta inconsequente, superiorizando-se e vangloriando-se sobre o que realmente não é... 
Apesar de tudo, temos a infelicidade de conhecer e a percepção de que muitos humanos são desumanos ao ponto de não saberem o que é a ética moral e a liberdade individual no limite duma sociedade... 
A minha, nossa, liberdade começa muitas vezes onde acaba a liberdade dos outros... 

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Primavera "pessoal"

Hoje, já estamos em Abril e o tempo esta incerto... O vento agita os ramos das árvores, alertas amarelos e laranjas, chuva moderada entre raios de sol envergonhados que espreitam por entre as nuvens... tudo isto faz-nos lembrar o velho ditado: " Em Abril, águas mil.".
Contudo também já é Primavera. Esta bela estação que, no cedo da sua aparência, nos presenciou com deslumbrantes raios de sol... No entanto ainda não vivenciamos o esplendor máximo desta tão bela estação. Somos pacientes, crentes de que não tardará a "voltar", com os quentes raios solares, trazendo alegrias aos nossos olhos, deslumbrando nossos corações com esta "felicidade primaveril".
Entre as diversidades de cores, formas, tamanhos e excepcionalmente perfumadas flores que habitam na "nossa" ilha, orgulha-mo-nos de ter uma das mais belas e completas variedades que existe no mundo. É assim que a natureza nos presenteia, com os magníficos quadros que se encontram nos Parques e Jardins.
É uma estação propícia aos enamorados que, demonstram afecto e carinho, quando passeiam de mãos dadas envolvendo-se na magia desta época.
É, também, na minha opinião pessoal, um belo momento de paz, serenidade, tranquilidade... é um desfrutar sem limite desta calma que nos inspira. É um "aprender" que, tal como nas flores, também nós somos pessoas belas na simplicidade do nosso ser. A ténue diferença que existe é a de que enquanto "flor" a sua beleza é visível e o seu perfume secreto, enquanto "ser humano" temos a nossa beleza escondida no íntimo, no profundo de nossos corações. Por isso, as flores desabrocham para expelir o seu perfume e nós temos que nos abrir aos outros, deixar que fale a voz do coração para que esta nossa beleza brilhe, com tanto ou mais esplendor que as flores.
Vamos fazer deste "exuberante florescer" uma acção comprometida em divulgar a complexa beleza que existe na sua singela simplicidade.
Deixemos que o nosso jardim esteja também disponível aos que nos querem contemplar.
A flor é uma Vida colorida. A Vida é a cor da nossa Flor.

Primavera, por onde andas
que nos privas do teu esplendor?
Boceja-nos com o teu perfume,
enche-nos de Vida e Amor.

Dos belos quadros que pintas,
artista de grande renome que és.
Deixa que nesses teus belos quadros
passeiem suaves nossos pés.

Sem estragar e sem "matar"
o teu trabalho aprimorado,
que pela estrada da Vida,
Caminhemos lado a lado.

quinta-feira, 20 de março de 2014

1 Sonho 1ª Atitude

     Nestes primórdios sentimentos que se repetem na continua caminhada da Vida, surgem, aos poucos, meros acasos que baralham, no bom sentido, a ideia primeira do sentimento.
     Ser tão "vago" ou tão "profundo" requer a capacidade de percepção do conjunto de situações que nos fazem reflectir à medida que avançamos e aprofundamos o "sentimento".
      A realidade é que, todas as acções, sentimentos e percepções que nos invadem a toda a hora, vêm em consonância com o objectivo do "sonho ambicionado", transformando-se em atitudes resplandecentes que ecoam do nosso pensamento. Agilizam a transfigurada  resposta na acção requerida. Quando se caminha num sentido único, envolto nestas peripécias sentimentais, corremos o risco de ignorar outros actos que, tanta ou mais riqueza, dariam à nossa personalidade um reforço de atitude na mesma ambição, agora elevado a um patamar superior, mais seguro, mais confiante e com uma facilidade acrescentada na concretização do chamado " Sonho Pessoal".
     Não podemos deixar de notar nos acontecimentos mais simples e honestos, nas palavras inocentes que advêm do circulo em que estamos inseridos. Deste meio sobressaem algumas das insignificantes, mas muito valiosas acções, que cimentam as atitudes levadas a cabo pela nossa iniciativa. Um "Sonho Idealizado" complementa-se com a capacidade de acção e pela sabedoria colocada à disposição deste. Um atitude sábia torna-se numa dificuldade diminuta quando é feita com dedicação corporal e sentimental. A partilha e exposição de todos os sonhos (ou somente os que queremos divulgar) serão "saciados" de forma mais equilibrada e/ou espontânea. Quando se fala em "Sonho" é necessário entender que as mudanças podem ou não requerer transformação, no entanto toda a transformação necessita de mudança.
     Para "idealizar um sonho" não precisamos, essencialmente, de nos transformarmos... por vezes basta que deixemos fluir o que de mais belo existe dentro de nós.